Empreendimento

Agroindústria pelotense ganha projeção nacional

Com a formalização da Vinhos Potenza, chegam a sete as agroindústrias do segmento regularizadas

Foto: Jô Folha - DP - Agroindústria é propriedade do casal Angélica Potenza e Moisés Teixeira

A produção de vinhos e sucos de uva no interior de Pelotas é secular. A atividade trazida pelos imigrantes italianos e franceses para a colônia ainda sobrevive nas pequenas propriedades familiares. No entanto, grande parte destas vinícolas não são regularizadas, o que dificulta a comercialização dos produtos, que na sua maioria são elaborados para consumo próprio ou negociados na informalidade.

De acordo com o extensionista da Emater Regional, Renato Cougo, há alguns anos foi iniciado um trabalho de sensibilização junto a estes produtores para sua legalização. O resultado foi a formalização de sete agroindústrias somente em Pelotas, e outras três estão em processo de regulamentação. Na região este número é ainda maior, com agroindústrias regularizadas nos municípios de Morro Redondo, São Lourenço do Sul, Rio Grande e Canguçu.

Na última semana, técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizaram vistoria e aprovaram as instalações e produtos da Vinhos Potenza, agroindústria localizada na Colônia Maciel, 8º distrito, e de propriedade do casal Angélica Potenza e Moisés Teixeira. Com isso, os produtos da agroindústria, tanto os vinhos quanto os sucos, podem passar a ser comercializados em todo o território nacional.

Segundo Angélica, que é descendente de italianos, a produção de vinhos e sucos foi iniciada por seu bisavô, que veio diretamente da Itália e se estabeleceu na colônia de Pelotas. A atividade foi passada de pai para filho, primeiro para o avô, Antônio Potenza, e depois para o pai, Pedro Potenza, sempre para consumo particular. E com a ajuda do seu companheiro, a produção virou um investimento em família, que deve ser passado para as filhas, Kamily, de 16 anos, e Isabely, nove.

Segundo Moisés, a motivação pela formalização iniciou um pouco antes da pandemia e foi se concretizando aos poucos com a aquisição e instalação dos equipamentos, suqueiras, pipas e tanques para produção e armazenagem dos produtos.
A construção do prédio da agroindústria começou em 2010 e, de lá para cá, passou por várias transformações, até chegar ao que é agora, um empreendimento com capacidade para produção de 19,5 mil litros de vinho por safra. O investimento total superou os R$ 200 mil, tudo com recursos próprios, salientam.

Da matéria-prima, uvas da variedade bordô, 90% é produzida na propriedade e o restante adquirida de produtores vizinhos. A produção média é de 15 a 20 toneladas de fruta por safra. No último ano, por causa da estiagem, a produção foi um pouco menor e chegou a nove toneladas. Além dos vinhos e sucos de uva, a família produz também suco de pêssego. A expectativa se volta agora à chegada dos novos rótulos já com as credenciais concedidas pelo Ministério para iniciar a comercialização.

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